sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Modulação da mente: conserto ou manifestação?

           São várias as tentativas de melhorar o desempenho humano, e a indústria farmacêutica vêm tentando proporcionar tratamentos para a cura do mal de Alzheimer e para controlar o comportamento das crianças. Esse assunto é discutido no capítulo 10 da obra ''O cérebro do século XXI''. 
            É verdade que todos nós temos ''medo'' de envelhecer, não é? Isso porque vamos ficando cada vez mais frágeis, e a nossa memória vai ficando cada vez mais curta. Foi comprovado que o declínio da memória está relacionado à idade, por isso as companhia farmacêuticas tentam arranjar alguma solução para isso. São vários os remédios que ajudam a melhorar a cognição e a memória (multivitaminas, lecitina,etc). Para encontrar uma droga que pudesse restaurar a função cognitiva devido à deficiência de memória causada pelo Mal de Alzheimer, foi testado substâncias em animais. Essa substância diminui a acetilcolina e a falta dela, deixa o animal com amnésia, o que fazia que ele esquecesse como fazer o treinamento que tinha aprendido para fazer alguma tarefa. Então, foi visto que as drogas que restauram a função colinérgica, protegem contra a amnésia. Porém, esse teste não foi eficaz nos humanos, infelizmente e são várias as explicações do por quê só da certo em animais. Uma delas que fica mais fácil para entendermos, é que o aprendizado nos animais são testados por critérios de desempenho de alguma tarefa (como lembrar o caminho de um labirinto), já nos humanos o aprendizado e a lembrança é muito mais complexa, e por isso a cognição é difícil de ser testada em animais.
        Eu concordei muito com a frase do autor que diz que ''envelhecer não é uma doença, é uma condição de vida, e as consequências de criar uma sociedade que recusa a aceitar o envelhecimento - pelo menos para os ricos - são passíveis de questionamento''. Por que não podemos aceitar que é normal não termos a mesma disposição, a mesma memória, a mesma saúde de quando mais jovens? Por que é preciso arrumar uma solução para tudo? É claro que se for um caso mais grave como o mal de Alzheimer, eu concordo que é preciso procurar a cura. Porém pra uns simples esquecimentos de determinadas coisas, é preciso mesmo ter uma ''solução''? Como no texto fala, essa vontade de querer melhorar a todo custo a nossa capacidade de memória pode ser comparada com  o uso de esteróides para melhorar o desempenho atlético. Por que precisamos ser 100% perfeitos? Ninguém é perfeito, mas pelo visto, querem que sejamos ao tentar ''dar um jeito'' para todos os nossos problemas, mesmo que eles não sejam tão grandes. Já pensou se disponibilizassem novas drogas que fossem realmente eficazes para melhorar a concentração dos estudantes nos exames? Quem ficasse de fora dos concursos iria dar um jeito de recorrer e identificar quem passou como fraude por usar drogas para isso. 
     Outro assunto citado no texto é sobre o comportamento hiperativo das crianças, e isso que caracteriza que ela é muito desatenta. E se a criança se comporta fora da normalidade das outras crianças, é considerada ''anormal'' porque foi diferente da ocasional. E o que tem ser diferente? Ta aí mais um jeito que tentaram arranjar uma ''solução'' para isso. A ritalina foi no começo como uma febre, já que melhorava o comportamento das crianças (elas ficavam mais calmas e conseguiam prestar mais atenção nos estudos), assim era comercializada até na escola. Um absurdo, porque é um medicamento muito forte para ser ''banalizado'' dessa forma, mas com o tempo ela só era comercializada com receita médica. Porém, o que acontece é que as crianças são muito inquietas de fato, e não querem ficar sentadas durante muito tempo assistindo uma aula, por exemplo. Por causa disso ela tem que tomar um medicamento tão forte? Não acho isso certo, a não ser que seja um caso grave mesmo que envolvem muitos outros fatores para esse déficit de atenção. Mas a verdade é que muitos pais, por serem ocupados, e não terem muito tempo de controlar os filhos, assim como os professores, tentam arranjar um meio de fazer eles ficarem quietos e, por isso, socorrem aos remédios. É preciso ver se há outros meios de melhorar esse problema, como mudar o hábito da alimentação das crianças e adicionar alimentos mais saudáveis, e tirar os vícios em televisão e computadores. Assim, pode resolver o problema de uma forma não agressiva para as crianças, pelo contrário, uma forma que só fará bem a elas.

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