sexta-feira, 26 de setembro de 2014

        Bom, o primeiro texto que comentarei faz uma análise dos métodos de avaliação e a eficiência ou não deles. No começo, o autor faz uma reflexão sobre a avaliação dos alunos, se avaliamos da maneira correta ou se pelo menos avaliamos da forma que queremos avaliar, mas que no final do curso precisa determinar uma nota para o aluno. Assim, deve-se decidir se a nota do aluno alcançou ou não os objetivos previamente estabelecidos, ou decidir a nota do aluno ao compará-lo com o restante da sala, ou ainda se a avaliação deveria ser por algum critério.
      Essa última avaliação citada é a forma mais tradicional na determinação das notas dos alunos. Aí se fala sobre a curva gaussiana, em que a partir do desempenho de algum grupo de estudantes, é comprovado o escore obtido por um aluno com a média do grupo. Então, se alguém vai melhor que essa média, quer dizer que a pessoa está acima da média, e se for pior, abaixo da média. Dependendo da nota, o professor pode fazer alguns ajustes nos resultados para compensar provas muito ''fáceis'' ou muito ''difíceis''. Isto é, se a turma só está tirando notas muito boas, o professor dificulta na próxima prova, assim como se só está tendo notas ruins, a próxima prova será mais fácil.
      Percebemo que com esse método de avaliação estamos avaliando apenas o desempenho do aluno com relação ao grupo e não o que ele, de fato, aprendeu. Assim, mesmo que o aluno esteja acima da média do grupo, não quer dizer que ele está totalmente preparado para seguir adiante em seus estudos, porque ele pode não estar dominando suficientemente a matéria caso a média do grupo seja baixa. 


      
       Várias unidades da USP avaliam os  resultados de seus cursos por ano a partir da análise de distribuição normal em cada disciplina. Na pesquisa feita com os alunos foi dado a eles o tempo que eles precisassem para realizar experimentos ou questões propostas. Depois disso, os alunos eram submetidos a uma avaliação sobre o conteúdo apresentado. O resultado foi que os alunos dominavam 90% dos objetivos previamente estabelecidos. Viram que nesse caso não foi uma comparação com outro grupo? Na verdade, o desempenho do aluno que foi avaliado. O fator tempo levou a curva gaussiana a deformar-se, em vez de estar na média, estava em direção a escores mais elevados. Assim, podemos ver que a curva de gaus mede o quanto o aluno pode aprender em um determinado período de tempo.
       Para conseguirmos manter um número grande de alunos com escores elevador, é preciso procurar meios para que o ritmo individual deles seja respeitado. Todo mundo sabe que tem alunos que tem facilidade de entender algum assunto em menor período de tempo e que outros levam mais tempo. Mas se determinar um limite de tempo, esse aluno que leva mais tempo, pode acabar não tendo o aprendizado necessário e suficiente para seguir nos estudos. Por isso que, a avaliação deve ser feita por critérios de aprendizagem previamente estabelecido abrangento TODA a matéria e o que se espera do aluno ao final da aprendizagem. Neste caso, o aprendizado do aluno é comparado com critérios e não com outros alunos.
     O que você acha sobre esse assunto? Concorda que esse método da curva de gaus não é um método eficiente para avaliar o que o aluno de fato aprendeu? Bom, eu acho que para termos ótimos resultados, de fato, é preciso respeitar o tempo de cada aluno aprender o conteúdo, porém é preciso pensar se esse tempo está sendo bem utilizado. Quero dizer que os alunos precisam ser bem disciplinados para que isso dê certo, até porque se deixarmos o tempo que o aluno quisesse, muitos alunos não interessados só iriam prorrogar esse tempo e nunca terminar. Por isso, no próximo texto que será na postagem seguinte, irei comentar desse método que inclui o fato de colocar o aluno interessado.
 
Dib, C.Z. (2002) Afinal, o que você efetivamente mede quando sua avaliação é referenciada pela distribuição normal ? Boletim informativo do instituto de Física da USP. http://www.if.usp.br/bifusp/bifold/bif0218.htm

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