Bom, o texto fala sobre um estudo feito com 5 casos de idosos (os idosos que possuem o maior índice de suicídio), por meio de autópsias psicossociais. Para começar a investigação, a família do idoso recebeu uma carta sendo convidado para participar da pesquisa. Era preciso compreender o local que o idoso vivia e os conflitos diários.
O primeiro caso foi o de Joana, que temia o envelhecimento. Ela possuía uma dinâmica familiar conturbada e um transtorno de humor que a deixava ou muito feliz ou muito depressiva. Joana acreditava que a felicidade viria de acordo com a posse de bens materias, e quando obtinha percebeu que continuava com um vazio existencial, e para interromper essa dor, resolveu colocar um fim na sua própria vida, como se a morte fosse um alívio da dor.
O segundo caso foi o de Joaquim, que tinha câncer e não conseguia aceitar isso. A evolução da doença o impedia de manter a sua rotina de antes e a sua vaidade. Além disso, ele teve uma decadência financeira, e por isso ele não conseguia mais manter o padrão de vida que tanto valorizava. Joaquim também tinha traços de personalidade agressivo e impulsivo, o que contribuiu para execução do suicídio.
O terceiro caso foi o de Ana, que tinha uma depressão muito grave, ela se sentia inútil e desesperançosa e sentia como se fosse um peso para os outros. Na minha opinião, o caso de Ana foi o mais chocante, porque ela CARBONIZOU o próprio corpo. O modo como ela se matou também afetou muito os familiares, que não conseguiam entender o porquê de escolher morrer de uma forma tão dolorosa. Dizem que se matam para aliviar a dor, não é? Porque as vezes a dor física nem se compara com a dor que ela estava sentindo, então para tentar ''esquecer'', se sentir ''livre'' da outra dor, ela preferiu morrer sentindo outro tipo de dor, que seria então a dor física.
O quarto caso foi o de João, que tinha problemas como o uso excessivo de álcool, traços de personalidade agressivos e impulsivos, não se adaptar a velhice, problemas financeiros, relações conflituosas com a família. O álcool foi colocado como uma prioridade na vida de João, e isso aumentava ainda mais a impulsividade dele e, consequentemente, o suicídio. Uma coisa que influenciou João a se suicidar é ter tido conhecimento sobre o suicídio de um jogador famoso, porque isso o encorajou de fazer o mesmo. Nesse ponto entra a questão da mídia, que é por isso que a mídia não costuma contar casos de mortes por suicídio, porque pode influenciar outras pessoas a fazerem o mesmo. Então aí entra a questão: até que ponto vale a pena informar as pessoas sobre casos assim? Porque a intenção é chocar as pessoas e não influenciá-las, certo? Por isso que é preciso tomar medidas para a prevenção, e estudos para compreender melhor esses casos para impedir que notícias assim encorajem outras pessoas a fazerem o mesmo.
O quinto caso foi o de Carlos, que também tinha uso abusivo de álcool, depressão, e tinha um sentimento de culpa pelo alcoolismo do filho. Depois que ele se matou, o filho ficou com sentimento de culpa em relação a morte do pai. Por isso que é preciso também cuidar e tratar dos familiares e pessoas que conviviam com a pessoa que se suicidou, porque esse caso pode afetar de uma maneira tão grande que as pessoas começam a ter os mesmos sintomas que tem um suicida.
Podemos concluir com esses casos que fatores psicossociais que envolvem o suicídio aparecem ao longo da vida da pessoa, ou seja, é algo construído. E é por isso que é preciso analisar os fatores que ao serem progredidos levam uma pessoa a se matar como: depressão, uso abusivo de álcool, personalidade agressiva e impulsiva, decadência socioeconômica, entre outros.
Bibliografia: Servio, S.M.T. e Cavalcante, A.C.S. (2013) Retratos de autópsias Psicossociais sobre suicídio de idosos em Teresina. Psicologia: ciência profissão, 33, 164-175.





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