sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Lama no laboratório

 


  O texto da postagem de hoje é um pouco diferente do que venho falando. Geralmente, falava de textos que tinham com objetivo a cura ou amenizar/melhorar doenças como bipolaridade, depressão e outras coisas negativas. Hoje será o oposto, visto que o texto fala de como aperfeiçoar aspectos positivos, como por exemplo, como se concentrar em um único ponto, a compaixão por meio da meditação. Será que é possível educar a mente com a meditação?
    Bom, o personagem central do texto é o Öser, que é um budista e que passou cerca de 30 anos recebendo educação de um monge. Ele é avaliado por alguns aparelhos que examinam o cérebro enquanto ele medita. Fizeram isso para analisar se é possível, por meio da meditação, lidar melhor com as emoções destrutivas.
    Öser foi convidado por Richard Davidson para ir ao laboratório da Universidade de Wisconsin para ser estudado. A concentração em um ponto, a devoção, o destemor, e ''estado aberto'' (sem atividade mental intencional) e a compaixão forma os métodos utilizados. A compaixão é essencial no treinamento da meditação.
    Öser estava muito interessado e ao contrário das outras pessoas, quis muito participar do experimento que teria que entrar em um aparelho de scanner para o cérebro. Ele era orientado pelos pesquisadores por meio de fones de ouvidos e as imagens eram rastreadas.
    Ao perceber que Öser conseguia controlar o próprio cérebro, Dalai Lama se interessou no caso e quis estudá-lo melhor, até porque os outros pacientes sem treinamento não desenvolveram a mesma capacidade.
    A compaixão de Öser era tão grande que num experimento com dois professores (um tranquilo, calmo, simpático e um agressivo), o professor agressivo nem sentiu vontade de brigar e se sentiu calmo, como se o Öser com seu sorriso e seu jeito conseguiu tranquilizá-lo. Então aí surgiu a dúvida: será que  é uma característica individual do Öser ou a compaixão foi resultado de um longo treinamento? Para isso, tiveram que analisar um número maior de pessoas que meditavam no estado de compaixão.
    Por meio de um teste que era preciso reconhecer expressões faciais que passavam rapidamente numa tela, quem se saiu muito melhor que os outros foram Ösel e um japonês que também participava de retiros. No teste que tinha como objetivo não demonstrar susto , Öser foi o único que não se assustou, e isso foi algo extraordinário, porque o susto não é controlado por nossa própria vontade. Ele se concentrava em um único ponto e a explosão que acontecia não o assustava. A capacidade de se concentrar em um único ponto torna a pessoa extraordinária. Mas esse termo é para quem é como Öser no sentido da compaixão e bondade e no fato de não se preocupar apenas com o bem material.
     Com a educação da mente, as pessoas podem se tornar mais calmas, e buscam mais a compaixão. É preciso avançar nesses estudos (e a meditação ajuda bastante nisso) a como ter o autocontrole e como ela lida com as coisas negativas.


Bibliografia: Lama, D. e Goleman, D. (2003) Como Lidar Com Emoções Destrutivas. Rio de Janeiro: Campus Ltda


Nenhum comentário:

Postar um comentário